Sertanejo Universitário Não É Sertanejo: A Comercialização que Destruiu as Raízes da Música Sertaneja
O sertanejo universitário dominou o Brasil nos últimos anos, mas a verdade é que muitos fãs e críticos do sertanejo tradicional questionam se ele pode realmente ser considerado parte do gênero. Para os puristas, o sertanejo universitário é uma diluição comercial que se afasta das raízes e da essência cultural da música sertaneja. Neste artigo, vamos explorar as principais críticas a esse estilo e por que tantas pessoas acreditam que ele nada tem a ver com o verdadeiro sertanejo.
Letras Superficiais e Temáticas Fúteis
Uma das principais críticas ao sertanejo universitário está nas letras simplistas e repetitivas. Enquanto o sertanejo tradicional, ou de raiz, falava sobre temas profundos, como a vida no campo, o amor genuíno e as dificuldades da vida rural, o sertanejo universitário se limita a falar de baladas, festas e relacionamentos descartáveis. É uma abordagem superficial que, para muitos, reduz a música sertaneja a um produto descartável, sem a carga emocional e cultural que marcou o gênero.
A Comercialização do Gênero
O sertanejo universitário é visto por muitos como música feita para vender, e não para sentir. Ao invés de preservar a riqueza cultural do sertanejo, ele abraça a fórmula fácil: refrões chiclete, produção em massa e foco no consumo rápido. A música sertaneja de raiz era profundamente ligada à cultura e aos valores do campo, enquanto o sertanejo universitário é direcionado à geração das playlists e das baladas, onde a conexão emocional com as letras e a melodia quase não existe.
Mistura de Gêneros: A Perda da Identidade Sertaneja
Outra crítica frequente é que o sertanejo universitário se contamina com influências do pop, funk, arrocha e música eletrônica, o que dilui sua identidade sertaneja. O uso de instrumentos como guitarras elétricas e batidas eletrônicas tira a autenticidade da sonoridade que fez do sertanejo um dos gêneros mais queridos do Brasil. Para os puristas, essa mistura de estilos significa uma perda de identidade, algo que enfraquece as raízes do sertanejo e transforma o gênero em uma fusão genérica voltada unicamente para o sucesso comercial.
A Suposta “Evolução” que Abandona a Tradição
Defensores do sertanejo universitário costumam argumentar que o estilo é apenas uma evolução natural do gênero. No entanto, críticos apontam que não é uma evolução, mas uma descaracterização. Uma evolução de verdade respeita e mantém as bases do que veio antes, enquanto o sertanejo universitário abandonou completamente a essência do sertanejo tradicional em prol de ritmos mais palatáveis e lucrativos.
Conclusão: Sertanejo Universitário é Um Produto, Não Um Gênero
Para muitos, o sertanejo universitário não passa de um produto de marketing disfarçado de música sertaneja. Ele pode até dominar as paradas e as rádios, mas isso não significa que ele represente o que o sertanejo de raiz sempre foi. A verdade é que o sertanejo universitário é uma versão diluída, comercial e descartável de um gênero que, no passado, carregava consigo a alma e a história do Brasil rural.Se o sertanejo universitário pode ou não ser considerado sertanejo, essa discussão ainda está longe de acabar. O que é claro, porém, é que a perda da autenticidade é uma das maiores críticas, e para os fãs do sertanejo de raiz, a música sertaneja como a conhecíamos está cada vez mais distante da realidade atual.
E você, o que acha? O sertanejo universitário pode ser considerado sertanejo ou é só um produto comercial? Deixe sua opinião nos comentários!